Astrônomos utilizaram o Telescópio Espacial Hubble para identificar indícios de um tipo raro de buraco negro, com massa cerca de 8.000 vezes maior que a do Sol, conforme divulgado na revista Nature. Esse buraco negro, localizado em um aglomerado estelar conhecido como Omega Centauri, a aproximadamente 17.000 anos-luz de distância, difere dos buracos negros comuns formados pela colapsagem de estrelas mortas e não é tão grande quanto os buracos negros supermassivos encontrados no centro das galáxias. A busca por buracos negros de tamanho intermediário, como este, é essencial para entender como eles se formam e evoluem. A equipe liderada por Maximilian Häberle, do Instituto Max Planck de Astronomia, analisou movimentos de 1,4 milhão de estrelas no aglomerado, identificando sete estrelas com movimentos anormalmente rápidos, indicativos da presença de um buraco negro com massa mínima de 8.000 massas solares. 'Apenas um objeto massivo poderia impedir que essas estrelas fossem expulsas do aglomerado', explica Häberle. Futuras observações com o Telescópio Espacial James Webb poderão fornecer mais informações, observando sinais de gás aquecido ao ser absorvido pelo buraco negro. 'Isso é realmente empolgante, é apenas o segundo buraco negro onde podemos ver estrelas individuais orbitando ao redor dele', comenta Jenny Greene, astrofísica da Universidade de Princeton. Esse achado pode oferecer novas perspectivas sobre como os buracos negros supermassivos se formam e crescem, ajudando a desvendar mistérios sobre a evolução inicial do universo.
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